Confederação Brasileira de Tiro Prático

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CONFIRA O BATE-PAPO DA CBTP COM O MEDALHISTA MARIO BATISTA NETO E SAIBA UM POUQUINHO MAIS SOBRE ESSE ATLETA

Publicado: sexta, 13 de outubro de 2017, 00h:00m | Última Atualização: quinta, 30 de agosto de 2018, 17h:18m
COMUNICAÇÃO CBTP
CONFIRA O BATE-PAPO DA CBTP COM O MEDALHISTA MARIO BATISTA NETO E SAIBA UM POUQUINHO MAIS SOBRE ESSE ATLETA

CBTP: Como começou a sua carreira no Tiro Prático?

MARIO: Comecei aos 12 anos de idade, quando eu acompanhava meu pai para o estande de Tiro. Inicialmente, pratiquei o tiro com espingarda de pressão e logo depois já me despertou o desejo de competir em provas de IPSC, além de assistir eu também o ajudava com os materiais.

CBTP: Como foi sua preparação para participar do Mundial?

Essa participação para nós foi um projeto de vida. Minha família abriu mão de muita coisa para podermos estar juntos na França. Meu esforço e treinamento “a seco” foram recompensados, eu jamais havia participado de uma prova nível V.

No início, me deu um friozinho na barriga mais logo depois conversei com o meu pai, que me tranquilizou e me pediu apenas que eu fizesse o melhor que eu pudesse. Com isso, ele tinha certeza que eu já alcançaria um lugar de destaque, então tive a tranquilidade de colocar em prática o que treinei.

CBTP: O World Shoot Handgun foi o seu 1º Mundial? Qual foi sua maior dificuldade em disputar um campeonato desse porte?

MARIO: Foi sim, meu primeiro e inesquecível Mundial. Fiquei deslumbrado de ver grandes nomes do Tiro e atletas de que acompanho pelas redes sociais e simplesmente sou fã. 

A maior dificuldade foi a fase de preparação, pois havia de conciliar meu estágio, os estudos no colégio, pois estou no último ano da Escola Técnica Federal do Amazonas e mais o cursinho durante a noite. Uma rotina pesada que vai de 06h da manhã às 22h30 todos os dias, e ainda tenho que aprender a cuidar de minha alimentação e meu corpo.

Na prova em si foi controlar a mente e acreditar que era possível subir no pódio e que “Philipinos e Russos” em nada eram superiores a mim.

CBTP: Você esperava ser um medalhista? O que sentiu durante a premiação?

MARIO: Eu não vou mentir, eu sempre imaginei aquele momento. Mas sempre com os pés no chão. Treinei muito “a seco” em casa, geralmente após o jantar, entre 22h30 até meia noite. Para mim foi uma grande alegria poder recompensar meu esforço e a dedicação e envolvimento de minha família.

O segredo do meu sucesso é que eles não estavam competindo com o Mário Neto, lá éramos 4 “Mários Neto” ( Pai, tia e irmão) e aqui no Brasil, muitos outros (mãe, irmã, vó, vô, tios e tias e amigos do clube) que diariamente me enviavam mensagens de carinho, força e amor. 

CBTP: Qual a sua expectativa no Tiro Prático a partir de agora?

MARIO: Eu tenho grandes expectativas, sonho muito alto. Sempre com respeito aos meus adversários, espero este ano ainda ficar no overall da Standard no final do ano. O difícil é que aqui também estou competindo com caras que sou muito fã e admiro e que ainda sou beneficiado por receber dicas.

Sobre o próximo ano, devo iniciar na divisão Standard, depois quem sabe até tentar uma nova categoria. Mas tudo isso vai depender das decisões tomadas pelo meu Pai e também por meu técnico Jaime Saldanha Junior.

Quero aqui com sua permissão agradecer ao Jaime Saldanha Junior, meu treinador, que montou um cronograma de treinamento que foi fielmente seguido por nós e que teve seu ápice no WS2017, com suas orientações e puxões de orelha que cheguei onde estou.